Release não é orégano

Você deve estar se perguntando “mas como assim? O que release tem a ver com orégano?” 

Calma, eu vou te explicar!

Não sei se você gosta de cozinhar ou conhece alguém que goste, mas quase sempre essas pessoas fazem uso sem moderação de algum condimento. Para alguns é a maionese – tudo coloca maionese – para outros o ketchup ou mostarda, no meu caso é o orégano.

Batatas assadas? Orégano!

Feijão? Orégano!

Salada? Omelete? Orégano!

E é por isso que eu digo que release não é orégano. Release é pimenta, cominho, coentro e precisa ser usado com moderação sob o risco de colocar tudo a perder.

 Mas, como assim, Patrícia?

 É simples. O release é uma importante ferramenta de trabalho do bom assessor de imprensa, porém, só deve ser usado como complemento da ação e não como fim.

Alguns Assessores de Imprensa, os que vivem no mundo dos consuetos onde só há o costumeiro, o habitual, usam o release como principal ferramenta. Para todas as ideias que surgem, nasce também o release salvador que é imediatamente encaminhado para o mailing de jornalistas.

Quando isso acontece, quase que inevitavelmente o destino desse texto acaba sendo o mesmo de uma comida com pimenta em excesso, o lixo.

Porque? Porque ele se perde. E o pior é que pode até ser uma boa receita, com bons ingredientes, uma boa história, mas, se não for bem trabalhado, vai ficar intragável.

Então, antes de fazer um release você precisa se debruçar sobre a pauta, a grande ideia.

A partir dessa ideia você precisa se perguntar se tem relevância e para quem tem relevância, com quais mídias a ideia está alinhada. Porque por melhor que a ideia seja, ela tende a ter mais apelo para um veículo ou um caderno e menos para outro.

 Quer um exemplo?

Já que estamos falando de comida, vou dar um exemplo de gastronomia.

Eu tenho um cliente que é Chef e no meu mundo do “põe orégano que vai dar bom”, eu faço um release com uma receita com carne vermelha que pode melhorar a imunidade (pirei aqui, tá? Acho que isso nem é possível, mas vamos lá!) – e disparo essa super pauta para o para o meu mailing.

Só que o meu mailing de gastronomia tem: Jornalista que escreve sobre culinário e nutrição, outro que tem um blog gastronomia vegana, um jornalista de caderno agro, um deles escreve para geral, mas, é vegetariano e por aí vai.

 O que tende a acontecer com o meu texto?

A ideia era produzir resultados, matéria publicada, quiçá uma capa. Mas, o que eu vou conseguir é uma abertura de email, um bloqueio, uma lata de lixo por irrelevância para o caderno, uma pessoa revoltada e, principalmente, incendiar minha reputação como jornalista e assessor.

 O que eu deveria ter feito, então?

• Primeiro, conhecer o seu mailing.
• Segundo, separar as mídias target.
• Terceiro, fazer um follow com cada uma delas.
• Quarto, criar um material diferente para cada mídia.
• Quinto, mandar de forma personalizada.
• Sexto, correr para o abraço!

Isso diferencia o assessor comum do Assessor de Imprensa Freedom, que é o que eu faço há 22 anos. O aproveitamento das minhas pautas chega a 99,99%. Só no mês passado foram 23 matérias publicadas para um único cliente no interior do estado com 8 destaques de capa.

Como eu faço isso?

Deixando o orégano para minha comida e cuidando das minhas ideias com carinho e profissionalismo.

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